Maquete da Casa da Mulher Brasileira
Salvador vai ganhar, até o final de outubro, a primeira sede da Casa da Mulher Brasileira, centro integrado voltado para o público feminino em situação de violência. A iniciativa faz parte do programa “Mulher, Viver sem Violência”, do governo federal, lançado em maio deste ano. A estrutura vai contar com delegacias especializadas, juizados, varas, defensorias, promotorias e equipe psicossocial com psicólogas, assistentes sociais, sociólogas e educadoras. A implantação terá investimento de R$ 4,3 milhões do governo federal, incluindo construção, equipamentos, mobiliário e transporte. De acordo com a secretária estadual de Políticas para as Mulheres, Lúcia Barbosa, com a criação do espaço, será possível oferecer um acompanhamento completo às vítimas de violência. “Por conta da distância entre os locais onde os órgãos funcionam, algumas mulheres abandonam o procedimento e, mais tarde, só voltamos a ter notícias delas nas páginas policiais”, afirmou.
Ainda conforme a secretária, a criação do centro integrado não vai anular os serviços já existentes. “Não se trata de uma substituição dos órgãos atuantes. A casa virá para agregar mais um espaço de enfrentamento à violência contra a mulher”, disse. Na opinião da promotora Márcia Teixeira, coordenadora do Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher do Ministério Público do Estado da Bahia (MP-BA), a implantação da casa é uma forma de assegurar que as políticas públicas de enfrentamento à violência doméstica sejam efetivas. ”A intenção é que a casa funcione como uma estrutura integrada. A Bahia estava sentindo falta de uma estrutura como essa. É um projeto completo, capacitado para um atendimento humanizado”. No próximo dia 11, todos os órgãos envolvidos na criação da Casa da Mulher se reúnem para assinar um termo de cooperação técnica. A partir desse encontro, serão definidos os detalhes da execução do projeto, como o local onde será construído. A previsão, segundo a secretária Lúcia Barbosa, é que funcione na Avenida Tancredo Neves, em terreno pertencente ao Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).De autoria do arquiteto baiano João Filgueiras Lima, o Lelé, o projeto contempla, ainda, áreas como brinquedoteca, espaço de convivência, auditório e salas de qualificação profissional e encaminhamento ao mercado de trabalho.
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