A menos de cinco meses da Copa do Mundo de 2014, todas as seleções já definiram onde irão fazer sua preparação no Brasil. Nesta sexta-feira, a Fifa divulgou a lista final dos centros de treinamento escolhidos pelas equipes classificadas para o Mundial. Na relação existem estádios, CTs de clubes e resorts, entre outros pontos. As estruturas de times brasileiros foram escolhidas por seleções como Espanha (CT do Caju, do Atlético-PR), México (CT Rei Pelé, do Santos), Argentina (Cidade do Galo, do Atlético-MG), Chile (Toca da Raposa, do Cruzeiro), Estados Unidos (CT da Barra Funda, do São Paulo) e Irã (CT Joaquim Grava, do Corinthians). Algumas das equipes mais tradicionais optaram por tranquilidade e isolamento em resorts, como a Itália e a Alemanha, que se envolveu na construção de um novo empreendimento. Alguns dos campos de treinamento estão ainda em obras, como os estádios Kleber Andrade e Arena Unimed Sicoob, ambos em Vitória e que receberão, respectivamente, Camarões e Austrália. O Estado de São Paulo foi o local mais escolhido entre as equipes que jogarão o Mundial, sendo casa para 15 times nacionais - quase metade dos classificados. Liderado por São Paulo, o Sudeste é a região que domina as sedes das seleções. Rio de Janeiro terá quatro equipes, enquanto Minas Gerais será casa de outras três. O Espírito Santo, por sua vez, abrigará mais duas, o que soma 24 times (75% das seleções da Copa do Mundo). A concentração resulta em outra consequência: nenhuma equipe vai se hospedar no Norte ou no Centro-Oeste antes do Mundial, apesar de estas regiões contarem com três sedes da maior competição do futebol. (Terra)
Fiscais do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama) apreenderam na noite de sexta-feira (31/1) uma carga de 3 mil caranguejos-uçá que estava sendo levada irregularmente da Bahia para o Espírito Santo. Na operação, um comerciante foi multado em R$ 13.400 e teve um veículo aprendido, modelo camionete F250, cor preta, placa policial, MTB – 1627, licenciada no município de São Mateus/ES. Logo após apreensão dos crustáceos, os fiscais realizaram a soltura dos animais no Rio Peruípe, no município de Nova Viçosa. Em seu período reprodutivo, machos e fêmeas saem de suas galerias (tocas) e andam pelo manguezal, para acasalamento e liberação de ovos. Para proteger este período vital para a sobrevivência da espécie, institui-se a proibição de captura nos meses de janeiro, fevereiro, março e abril, que este ano foi dividido em três períodos: 1º Período: 2 a 7 de janeiro e 17 a 22 de janeiro; 2º Período: 31 de janeiro a 5 de fevereiro e 15 a 20 de fevereiro; e 3º Período: 2 a 7 de março, 17 a 22 de março e 31 de março a 5 de abril. (Tribuna)Disputa política trava PEC contra trabalho escravo há 15 anos
Mais de 100 anos após ser abolida no papel, a escravidão ainda é uma realidade no Brasil. Só em 2013, o Ministério Público Federal abriu 702 procedimentos para apurar denúncias de casos de trabalhadores em condições análogas à escravidão (submissão a trabalhos forçados ou a jornada exaustiva; condições degradantes de trabalho; restrição, por qualquer meio, de locomoção em razão de dívida com o empregador ou preposto) no País. Enquanto isso, uma Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que determina a expropriação de terras onde for flagrado esse tipo de irregularidade tramita no congresso há 15 anos e ainda não foi aprovada. Para as autoridades responsáveis por punir os infratores, a aprovação da PEC é essencial para inibir o crime, uma vez que a legislação atual é branda e tornaria rentável ao empregador manter este tipo de prática, mesmo com as sanções aplicadas quando há condenação. Por outro lado, membros da bancada ruralista no Congresso dizem que a redação atual da emenda poderia levar a injustiças, com irregularidades trabalhistas sendo tratadas como escravidão, e pedem uma alteração na definição de trabalho análogo à escravidão no Código Penal antes que a PEC seja aprovada. O ex-deputado Tarcísio Zimmermann (PT-RS), que relatou a PEC na Câmara, afirma que há um componente ideológico por trás da não aprovação da PEC até hoje. "Tem setores no Parlamento brasileiro que consideram normal o trabalho em condições análogas ao trabalho escravo", diz. "Do ponto de vista rigorosamente racional, é uma vergonha a gente não ter aprovado até hoje." Em quase 15 anos de tramitação no Congresso, passando pelo Senado, Câmara dos Deputados e de volta ao Senado, a PEC 57 ficou anos esquecida, aguardando votações, e ainda hoje aguarda redação final. A proposta foi apresentada em 18 de junho de 1999 pelo senador Ademir Andrade (PSB/PA) - desde 2012 afastado da política. O objetivo era alterar o artigo 243 da Constituição Federal, que estabelece o confisco das terras (sem direito à indenização) utilizadas para a produção de culturas ilegais (como drogas), atribuindo a mesma pena a proprietários que utilizem trabalho em condições análogas à escravidão. Em entrevista ao Terra, o ex-senador afirmou que a PEC 57 surgiu a partir das constantes denúncias de práticas de trabalho escravo que apareciam nos anos 80 e 90. "Na época, existia muito dessa coisa do trabalho forçado, sem liberdade de ir e vir", diz. Segundo ele, o Brasil não tinha uma política de vigilância, que existe hoje, e a expropriação da terra tinha como objetivo tentar conter esse tipo de crime. Andrade, porém, salienta que o combate ao trabalho escravo foi reforçado desde então, primeiro no final do governo Fernando Henrique Cardoso, mas especialmente na Presidência de Luiz Inácio Lula da Silva. "A emenda foi aprovada em dois turnos no Senado. Na Câmara incluiu-se a questão do trabalho escravo urbano, aí se criou mais um complicador", diz. (Terra)
Aguinaldo Silva se manifestou em suas redes sociais na noite de sábado (1) sobre o beijo gay, na verdade um "selinho", entre os personagens Félix (Mateus Solano) e Niko (Thiago Fragoso), no final da trama Amor à Vida. O escritor, que já desenhou a cena em uma de suas novelas se mostrou surpreso com a reação das pessoas e ironizou: “mas quanto a mim, continuo mantendo o que sempre disse: nada de beijo gay nas minhas novelas, beijo gay só se for aqui em casa”. Ele continuou: “teve beijo gay na tevê brasileira e o país não entrou em convulsão, como se previa? Decepção! Pensei que era tipo um beijo antes de morrer! A grande vantagem é que um dos maiores factoides já criados pela mídia, o tal do beijo gay na televisão, finalmente saiu de cena. Viva!” O autor de Fina Estampa também discutiu com seus seguidores a questão do beijo de língua. “Ah não! Já inventaram outro factoide: agora a turma quer ver um beijo gay... De língua!” (Terra)Incluído entre economias frágeis, Brasil deve ter 2014 difícil
Ainda em 2013, de olho na retirada de estímulos econômicos por parte do banco central americano (FED), o Morgan Stanley identificou os cinco países que mais sofreriam com o movimento de valorização do dólar: Brasil, Índia, Indonésia, África do Sul e Turquia. Os chamados “cinco frágeis”, em tradução livre, têm como principal característica comum a dependência econômica de investimentos estrangeiros. No início deste ano, o Goldman Sachs chegou a recomendar que os países mais ricos cortassem um terço de suas aplicações nestes países. Na avaliação do Morgan Stanley, fatores sazonais como a inflação podem ter impactos significativos sobre a moeda brasileira no médio prazo, assim como um possível enfraquecimento do posicionamento externo do País. O aumento da inflação, por exemplo, deve prejudicar a competitividade. E a apreciação real ameaça agravar os desequilíbrios externos das economias que já passam por esse problema, de acordo com o relatório. Na visão do professor de economia internacional do Ibmec, Reginaldo Nogueira, uma das primeiras dificuldades enfrentadas pelos cinco países será a fase de retirada de investimento estrangeiro. Como consequência de um dólar mais caro, essas economias poderão enfrentar a desvalorização de suas moedas. Nogueira aponta riscos como alta inflação, diminuição do salário real e impacto sobre os balanços das empresas e do governo. Como pano de fundo, somam-se aos riscos apontados pelo estudo, o calendário eleitoral dessas regiões. Para o Morgan Stanley, as eleições aumentam as possibilidades de que reformas importantes fiquem em segundo plano, diminuindo as perspectivas de uma recuperação significativa da moeda. Um corte da fatia de crédito até agora disponível para consumo e possíveis protestos na Copa do Mundo deste ano também estão contra perspectivas positivas para o Brasil. Para o professor de economia da Universidade de São, Paulo Roberto Feldmann, o momento pode ser visto como uma oportunidade para que o Brasil olhe com mais atenção para o seu parque industrial. “Com o real mais fraco, a indústria pode voltar a ser competitiva, oferecer produtos a um preço menor e poderemos deixar para trás o foco na venda de commodities”, diz. Segundo Feldmann, esse movimento pode acelerar uma mudança no perfil comercial do País. “A manufatura já representou 25% do PIB (Produto Interno Bruto), hoje batemos apenas os 11%.” De acordo com o professor da escola de administração de empresa da Fundação Getúlio Vargas, Evaldo Alves, a China, por exemplo, não deve sofrer tanto por conta da vinculação de sua moeda ao dólar. No Brasil, as exportações irão bem, com destaque para o setor de autopeças, que irá trabalhar com preços menores. Para os turistas brasileiros, a situação ficará mais complicada com preços de viagens, hospedagem e alimentação mais altos. Alves vê a questão como mais um fator de dificuldade para o crescimento do Brasil durante todo este ano. (Terra)
A aguardada luta entre Chris Weidman e Vitor Belfort já tem data para acontecer. No final do card preliminar do UFC 169, a organização anunciou que o duelo será a atração principal da edição de número 174 do show, no dia 24 de maio, em Las Vegas. O evento, um dos mais importantes do Ultimate no ano, homenageia os heróis de guerra nos Estados Unidos, o chamado ‘Memorial Day’ (celebrado sempre na última segunda-feira do mês de maio). A especulação sobre a data do duelo entre Weidman e Belfort se alongava desde o UFC 168, em dezembro do ano passado, quando o norte-americano derrotou Anderson Silva por nocaute técnico. O presidente do UFC, Dana White, revelou que tentava agendar o duelo para maio ou julho, mas acreditava no embate apenas no segundo semestre do ano. Porém, a confirmação desta noite diminuiu a espera dos fãs. Ainda segundo White, ao que tudo indica, a segunda luta mais importante do UFC 174 deve ser o combate entre os técnicos do TUF Brasil 3 entre Wanderlei Silva e Chael Sonnen.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, recebeu na última sexta-feira (31), do presidente em exercício do Supremo Tribunal Federal, Ricardo Lewandowski, uma proposta para tentar reduzir o número de presos provisórios em presídios. A proposta de alteração legislativa apresentada por Lewandowski prevê que os juízes tenham de se manifestar sobre a possibilidade de aplicação de medidas cautelares alternativas antes de decretar prisões preventivas ou em flagrante. O ministro Lewandowski defende que as medidas sugeridas poderão contribuir para a redução da superlotação nos presídios brasileiros, que estão com número excessivo de presos provisórios. São presos ainda que não passaram por julgamento, mas acabam ficando detidos, mesmo sem condenação que justifique a privação de liberdade por mais tempo do que o previsto em lei.Auxílio-doença dispara e eleva rombo na Previdência
Depois de serem alvo de um "novo modelo de gestão", os pagamentos do auxílio-doença voltaram aos níveis que levaram o governo a detectar abusos no programa na década passada. Segundo dados recém-divulgados pela Previdência Social, o número de beneficiários se aproximou de 1,5 milhão em dezembro, num salto de quase 10% sobre o contingente de um ano antes. O auxílio-doença previdenciário é a terceira maior despesa do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), na casa dos R$ 17 bilhões em 2013. Entre os principais programas, foi o de maior aumento da clientela. O número de aposentados cresceu 3,8%, e o de pensionistas, 2,6%. A população brasileira cresce menos de 1% ao ano. No fim dos anos 1990, o programa, que até então tinha dimensões modestas, iniciou uma explosão de despesas – a quantidade mensal de pagamentos, que rondava os 500 mil, triplicou no breve intervalo entre 1999 e 2004. Como não houve nenhuma calamidade dessas proporções na saúde pública naquele período, ficaram evidentes a demanda excessiva pelo benefício e a insuficiência dos controles para a concessão. Entre as hipóteses da área técnica para tal aumento estão as reformas feitas pelo governo FHC (1995-2002), que dificultaram o acesso às aposentadorias. Por esse raciocínio, o auxílio-doença teria se tornado um atalho para obter o amparo do INSS.
Outra parte da explicação é mais positiva: o aumento do número de trabalhadores com carteira assinada elevou também o número de segurados com direito ao auxílio. Graças a ofensiva do governo Lula, o INSS passou a ser mais rigoroso na concessão dos benefícios – que depende da avaliação de peritos– e reduziu o total de pagamentos a pouco mais de 1 milhão por mês. Mas a trajetória de alta foi retomada em 2010. O controle do auxílio-doença fazia parte de um pacote de medidas de gestão como alternativa a uma reforma impopular da Previdência. Argumentava-se que, com aumento da arrecadação e melhor gerenciamento da despesa, seria possível reduzir o deficit do setor sem reduzir direitos dos segurados. A estratégia foi positiva: o deficit caiu de 1,7% do Produto Interno Bruto, em 2007, para 1% em 2013. Mas, no ano passado, as despesas superaram as receitas em R$ 49,9 bilhões – era esperada uma diferença de R$ 33,2 bilhões. A expansão do auxílio-doença ajudou a inflar o deficit. A Folha questionou o Ministério da Previdência sobre a evolução recente do programa, mas não houve resposta.
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