Imprudência e abuso de álcool têm sido as causas de morte no trânsito

Mal dá para identificar que é um carro. Nele viajavam cinco militares, que iam de Iperó para Sorocaba, no interior de São Paulo. O carro bateu de frente com um ônibus de turismo.

Na delegacia, o motorista do ônibus disse que teve problemas mecânicos e perdeu a direção. Quatro sargentos morreram na hora, um está internado em estado grave.

Os sargentos saíram de Aramar, a base da Marinha, onde nos últimos quatro meses vinham trabalhando no projeto do submarino nuclear brasileiro. Também no interior paulista, o motorista de um ônibus morreu ao bater violentamente na traseira de um caminhão carregado de bobinas de aço. Dezessete passageiros ficam feridos, todos da mesma família. Eles tinham fretado o ônibus por uma família para ir ao Porto de Santos, onde fariam um cruzeiro.

Nas estradas paulistas, dos 87.687 acidentes que aconteceram no ano passado, quase metade acontecem nos fins de semana.

Na manhã deste sábado (26) aconteceu um acidente na zona sul de São Paulo em uma ponte envolvendo dois veículos. Os dois carros estavam sendo dirigidos por jovens. Segundo o Ministério da Justiça, os jovens são as principais vítimas de acidentes de trânsito.

Em dez anos, houve um aumento de mais de 30% no número de mortes entre esses motoristas. A maior parte, homens.

A situação que já era ruim piorou em Vitória. Em 10 anos, na capital do Espírito Santo, o número de jovens mortos em acidentes de trânsito aumentou quase 30%. A média, em 2008, foi de 72 mortes para cada grupo de 100 mil jovens. A pior do Brasil. Hoje, mais uma vítima. No início da manhã, um jovem que pilotava uma moto morreu ao ser atingido por um ônibus. O motorista afirma que ele furou o sinal. Na opinião de quem lida com o trânsito diariamente falta mais fiscalização.

“Isso faz com que o motorista tenha certeza da impunidade, consequentemente ele vai ser imprudente no trânsito, vai fazer uso do álcool, vai cometer crime ou morrer no trânsito", diz o delegado de trânsito, Fabiano Contarato.

Para a Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, os acidentes são causados pela má-formação do motorista, o abuso de quem está ao volante. Para ele, a educação no trânsito, tem que começar na escola.

“O indivíduo chegar aos 18 anos conscientizado de que a máquina realmente é perigosa, há necessidade de respeito á legislação, a sinalização e em cima disso vir a fiscalização rigorosa e a punição também rigorosa”, fala o diretor Associação Brasileira de Medicina de tráfego, Dirceu Rodrigues Alves.

Fonte G1