Lélis teria se passado por
advogada especializada em imigração para enganar suas vítimas. Ao todo, a
jornalista teria fraudado suas vítimas em 700 mil dólares.
A jornalista é acusada de
fraude eletrônica, transações monetárias ilegais e roubo de identidade
agravado. Respectivamente, as penas máximas para esses delitos são de 20 anos,
10 anos e 2 anos.
Ontem segunda-feira (15),
pela rede social X, Lélis disse ter sido “vítima” de perseguição, supostamente,
por parte do governo americano.
Esta não é a primeira vez
que a jornalista tem problemas com a Justiça Americana. Em 2019, segundo o site
Arrests.org, Lélis foi detida por falsa acusação no estado da Virgínia.
Antes de entrar nos registros
da polícia americana, Lélis estampou as manchetes dos jornais brasileiros ao
fazer graves acusações, sem provas, contra parlamentares.
Em 2016, quando ainda era
estudante de jornalismo, Patrícia Lélis acusou, sem provas, o pastor e deputado
Marcos Feliciano (PL-SP) de estupro, assédio e agressão.
Lélis também acusou o então
presidente nacional do Partido Social Cristão (PSC), Pastor Everaldo (RJ), e o
chefe do gabinete do deputado Feliciano, filiado ao PSC à época, de lhe
oferecerem dinheiro para desistir das denúncias.
Na época, foram divulgadas
imagens onde o chefe de gabinete, Talma Bauer, e Lélis aparecem discutindo
valores. No vídeo, ambos aparecem discutindo uma transação de R$ 50 mil que
teriam sido entregues por Bauer a um homem identificado como Artur Mangabeira,
namorado de uma amiga de Lélis. Ele, apesar disso, afirma que a transação não
aconteceu e que teria sido um “blefe”.
Dias após a divulgação da
denúncia, a polícia descartou que Patrícia Lélis tenha sido submetida à cárcere
privado pelo chefe de gabinete de Feliciano, conforme havia informado a
denunciante.
De acordo com o delegado que
investigou o caso, Bauer teria dado o dinheiro para Lélis por ter sido vítima
de extorsão.
No ano seguinte, em 2017,
Lélis acusou o deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) de ameaça e injúria. Em 2021,
a polícia concluiu que Lélis mentiu sobre a denúncia. A jornalista foi
indiciada pelo crime de denunciação caluniosa.
Em 2018, a então
procuradora-geral da República, Raquel Dodge, chegou a apresentar denúncia contra
Eduardo junto ao Supremo Tribunal Federal (STF) pelo caso. Em 2019, o caso
desceu para a primeira instância da Justiça, que rejeitou a acusação por falta
de provas. Um laudo pericial da polícia identificou possível simulação da troca
de mensagens no aplicativo Telegram.
Também em 2018, depois de
ensaiar uma aproximação com o PDT, a jornalista foi candidata à deputada
federal pelo PROS no estado de São Paulo, mas não foi eleita. Lélis teve 1.605
votos.
Em 2021, a jornalista passou
a ser alvo de uma investigação do PT, partido ao qual se filiou depois de
deixar o PSC, por postagens consideradas “transfóbicas” pela sigla.
"Externamos nosso
repúdio às postagens publicadas por Patrícia Lélis e informamos que vamos
aplicar ao caso as normas estatutárias cabíveis, de forma a deixar claro que o
PT jamais compactuará com narrativas de ódio e preconceito como é a
transfobia", disse o PT em nota à época.
Lélis virou alvo da ira da
militância ao criticar o uso do banheiro feminino por uma “mulher trans”, nos
EUA.
Patrícia Lélis disse que sua
fala foi retirada de contexto.
“Ficou parecendo que eu sou
uma pessoa que defende a morte das mulheres trans ou que elas não tenham
empregos e liberdade e não é nada disso. Eu, como mulher, só acho complicado
esse assunto de, por exemplo, uso de banheiros”, disse a jornalista ao se
defender.
A justificativa não
convenceu, e Patrícia Lélis foi expulsa do partido.
FONTE/CRÉDITOS: Gazeta
do Povo